Desequilíbrio no aquário. OS 5 Erros Principais

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Desequilíbrio no aquário. OS 5 Erros Principais

5 principais erros que levam ao desequilíbrio do aquário

Ter espécies compatíveis no aquário é o primeiro passo para ter peixes saudáveis

Veja quais são eles  

Neste artigo, vamos falar sobre os principais erros de manejo que podem levar ao desequilíbrio em um aquário. Sabendo quais são eles, fica mais fácil treinar a equipe de vendedores de sua loja e evitar erros básicos. 

1. Espécies incompatíveis

Um dos principais motivos do desequilíbrio de aquários é a incompatibilidade de espécies. Algumas espécies de peixes ornamentais apresentam comportamento agressivo com outros peixes. Não somente por diferença de tamanho, mas sim por instinto territorialista. Os ciclídeos americanos e africanos são os mais agressivos. O peixe Betta, apesar de levar a fama do “peixe de briga”, já que não aceitam peixes da mesma espécie, não possui capacidade física para perseguir outras espécies de peixes. Uma alternativa é coloca-los com outras espécies de peixes como neon, matogrosso, tanicti, platy. 

2. Estrutura do aquário

A estrutura do aquário é um fator de grande importância. Recipientes que não possuem oxigenação ou filtro, além de ornamentação muito coloridas, levam ao estresse constante nos peixes. Basta lembrar que nos ambientes naturais de água doce (rios e lagos), não existem cores muito intensas. Então, a ideia de qualquer aquário é mimetizar estes ambientes, levando ao conforto do peixe. 

A preocupação com a oxigenação e filtragem do aquário deve ser levada sério. Peixes em ambientes inóspitos são menos ativos e normalmente ficam na superfície, local onde haverá maior oxigenação devido ao contato da superfície com o ar atmosférico. Esta é uma tentativa desesperada dos peixes, que apesar de naturalmente evitarem a superfície para não serem predados, acabam indo até ela na busca de oxigênio.

O tamanho do aquário também é um fator importante, já que aquários maiores são mais fáceis de serem mantidos do que aquários menores. O motivo a cerca disso é que, com um maior volume de água fica mais fácil de alcançar e manter o equilíbrio biológico e as variações nos parâmetros da água serão de menor intensidade. Além disso, quanto maior a quantidade de peixes que se deseja criar, maior terá que ser o tamanho do aquário. 

3. Ph e temperatura da água

O pH da água incompatível com a espécie criada é um erro recorrente entre aquaristas inexperientes. Não adianta montar o aquário para depois definir a fauna que irá povoá-lo. Isso já tem que ser pensado antes. A ornamentação interfere diretamente no pH do aquário. Ornamentação com troncos naturais, normalmente acidificam a água, pedras de rios mantém neutro, enquanto que corais e conchas deixam o pH alcalino. Em pet shop tem testes rápidos para pH com custo baixo.  Exemplos de peixes e seus respectivos pHs: 

• Ácido: acará bandeira, mato-grosso, tetra-fortuna, terá-negro, neon;

• Neutro: japonês, barbus, ciclídeos americanos;

• Alcalino: ciclídeos africanos, peixe paraíso, mexerica.

Colocar um peixe de água alcalina em água de pH mais ácido pode trazer problemas e até mesmo levar o animal à morte.

Quanto à temperatura, quase todos aceitam água de temperatura mais elevada, a não ser algumas espécies como carpas, japoneses e alguns  peixes de fundo.

4. Cuidados com a alimentação

A alimentação incorreta também pode causar graves problemas, como a subnutrição. Cada grupo de peixes tem necessidades nutricionais específicas, dessa forma, não há ração genérica que vá suprir as necessidades de todas as espécies. Por exemplo: colocar peixes herbívoros com peixes herbívoros e peixes carnívoros com outros peixes carnívoros, utilizando sempre rações específicas. Então na escolha da fauna do seu aquário, evitar misturar espécies incompatíveis com os hábitos alimentares, senão, certamente vai haver desequilíbrio alimentar e perda de peixes. 

5. Limpeza do aquário

O que ocorre muitas vezes, é que as pessoas querem esvaziar todo o aquário quando vão limpar, quando o indicado seria fazer a troca parcial da água. Com o uso de esponja limpa-se os vidros, a ornamentação pode ser retirada e limpa com água corrente e uma escovinha, o substrato (pedrinhas, cascalho, etc.) deve ser limpo usando um sifão, artigo vendido em lojas de aquarismo. Desta forma, aproximadamente 25% da água deve ser trocada a cada limpeza, que deve ser feita a cada 30 dias no máximo e a cada 7 dias no mínimo. A água a ser posta no aquário para reestabelecer o nível, deve ser tratada com anti-cloro e então adicionada. O filtro deve ser limpo na mesma frequência que o aquário, também usando esponja, escovinha e água corrente.

O indicado é fazer a troca parcial da água, já que trocar a água por inteiro causa uma variação brusca de temperatura e pH, inclusive podendo levar peixes à morte.