Montando um aquário

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Montando um aquário

Como montar um aquário?

Para aquelas pessoas pensam que ter um aquário é difícil e dá trabalho… Muito pelo contrário! Ter um aquário, seja por hobby ou simplesmente como decoração de um ambiente não é tão complicado assim, basta seguirmos algumas orientações na hora da montagem e manutenção.

O que determina o sucesso dessa prática são algumas informações básicas, principalmente no momento da montagem, aonde o objetivo é desenvolver um ecossistema equilibrado, permitindo aos seus habitantes realizar todas funções biológicas como: nascer, crescer, reproduzir e morrer de forma natural.

Vamos conhecer como montar um aquário com as dicas abaixo!

Dica Nº1: Escolha primeiro os peixes, depois o aquário

Como assim? Pois é! Devemos pesquisar e definir quem serão os habitantes do aquário, só depois disso saberemos qual tamanho e formato de aquário é melhor para seus habitantes.
Como havíamos dito, o aquário não é um mundo complicado assim, e para que possamos entende-lo temos que saber que: existem modalidades diversas de aquários – aquário marinho, ciclídeos africanos, aquário plantado, igarapés amazônicos, aquários de carpas, entre outros – e cada um desses possuí suas particularidades.

Portanto, de acordo com cada modalidade, o tamanho e até mesmo o formato do aquário pode ter influência na vida dos seus habitantes – peixes, invertebrados e plantas.

Claro que para iniciantes nessa prática, algumas modalidades de aquário são mais indicadas por apresentarem padrões químicos e biológicos mais fáceis de controlar.

aquario-pequeno-peixes

Esse tipo de montagem reúne uma variedade de espécies compatíveis e de fácil manuseio. Vale ressaltar que nessa montagem devemos tratar a água do aquário com os condicionadores de água – este produto ajudará na remoção de cloro e metais pesados presentes na água. Outro ponto importante: é necessário aguardarmos 30 dias para alcançarmos o equilíbrio biológico, para aí sim colocarmos os peixes – ou utilizar os aceleradores biológicos, que reduzem esse tempo em 5/10 dias. E por fim, cuidado com superpopulação, isso prejudica a qualidade da água.

Dica Nº2: Tudo dentro do aquário gera um impacto aos habitantes

Devemos tomar cuidado com os itens que irão formar o habitat do aquário. Alguns podem influenciar quimicamente a água – principalmente o ph. O substrato ou cascalho – pedrinhas do fundo – não possuem apenas uma finalidade decorativa, alguns podem alterar esse parâmetro. Assim concluímos que a partir dessa escolha – tipo do substrato/cascalho ou até mesmo rochas e decorações – nós determinamos o tipo de ecossistema que queremos reproduzir dentro do aquário.

Para nosso aquário iniciante, o indicado são os substratos/cascalhos e rochas de ph neutro, já que a própria água da torneira normalmente vem com esse parâmetro mais elevado.

Atenção! Nunca colocar enfeites ou qualquer outro tipo de decoração que não seja específico para aquário, pois não se sabe a procedência e se tal influenciará na química da água.

Dica Nº3: Filtro, o ponto de equilíbrio do aquário

O aquário é um sistema fechado, ou seja, há o constante acúmulo de diversos materiais químicos, biológicos e orgânicos.
Afinal, os habitantes do aquário produzem sujeira, há também sobra de ração, entre outras causas. Desta forma, precisamos controlar todos esses compostos, criando um sistema de filtragem eficaz, que consiste na filtragem mecânica e remoção de impurezas solidas.

Filtragem química – remoção de compostos químicos, como amônia. Filtragem biológica – que é a formação de bactérias benéficas que eliminam compostos tóxicos.

Ok! Mas qual filtro utilizar no meu aquário? Os filtros externos são os mais práticos e eficazes – Ele faz os três processos de filtragem: mecânica, química e biológica. O filtro é um equipamento indispensável para o equilíbrio de todo o sistema, sem ele o acúmulo de todo esses elementos resultaria em um colapso – morte dos peixes.

Importante: um sistema de filtragem presente NÃO dispensa a limpeza do aquário.

Dica Nº4: Tempo adequado de iluminação

Criar um ambiente semelhante ao natural é vital na saúde e qualidade de vida dos habitantes do aquário. Isso também inclui a iluminação do ambiente.

É importante ressaltar que devemos sempre utilizar lâmpadas especificas para aquário, com potência associada ao volume de água, caso contrário a luminosidade inadequada pode causar um desequilíbrio biológico – por exemplo: proliferação de algas verdes. Também devemos respeitar o fotoperíodo – o tempo de luz que os seres vivos devem ser expostos.

Mas afinal, quanto tempo de iluminação um aquário deve ser exposto? Em média 8 horas por dia, o excesso ou falta de luminosidade pode sim atrapalhar o equilíbrio do sistema.

Dica Nº5 Manter uma temperatura estável da água garante saúde

Sabemos que essa afirmativa é válida para nós seres humanos (ou seja, variações de temperatura nos deixam doentes). Agora imagina um peixe que sofre variações constantes de temperatura. Pois é… Essa instabilidade na temperatura da água pode causar doenças, por esse motivo, a temperatura do aquário deve ser estável.  O termostato é o equipamento utilizado para aquecer e mantém a temperatura da água estável.

Tá, mas qual a temperatura ideal da água do aquário? Bom, devemos recriar a mesma temperatura encontrada no ambiente natural. Por esse motivo é bem relativo.
Geralmente são de temperaturas tropicais 24/28 graus. É importante também monitorar essa faixa de temperatura com um termômetro de aquário, qualquer alteração nesses valores, reajuste-o de imediato para garantir a saúde no aquário.

Dica Nº6: Devemos alimentar os peixes! Não a água

Agora nós temos nosso aquário montado, todos os equipamentos em funcionamento, peixes nadando por todos os lados. Tudo em equilíbrio! Mas, além de toda a preocupação na montagem – escolha dos equipamentos e dos peixes – precisamos também nos atentar na questão da alimentação. Atualmente encontramos uma grande diversidade de rações para peixes ornamentais, é importante que a ração oferecida atenda o hábito alimentar do peixe – se ele é carnívoro, herbívoro ou onívoro.

Os Poecilídeos – peixes mais indicados para iniciantes – possuem um hábito alimentar onívoro (se alimentam tanto de origem animal, como vegetal).

Outra dica preciosa, talvez a que irá garantir a saúde e equilíbrio de todo o sistema é “Alimentar o peixe, não a água”. Lógico que para alimentar os peixes iremos jogar a ração na coluna d’agua; o que ressaltamos aqui é, que não haja sobra de alimento na água, e sim que o peixe coma toda a ração. Sobra de ração no aquário acaba ocasionando acúmulo de matéria orgânica, o que pode desequilibrar o sistema químico e biológico. A regra é: alimente os peixes com cautela, curta esse momento, afinal de contas esse é o momento que temos para interagir com o peixinho.

Dica Nº7: Monitore o mundo criado

Criar um ecossistema que possibilite a vida dentro de uma caixa de vidro é maravilhoso. Ver a interação dos elementos e saber que “nós” o criamos é incrível. Mas não é só criar, precisamos monitorar. Observe o comportamento dos peixes qualquer anormalidade pode representar algum desequilíbrio.

Por isso, é interessante que possamos acompanhar os parâmetros químicos da água, e para isso, existem testes para qualquer alteração observada deve ser corrigida de imediato – para a correção de parâmetros químicos existem corretores específicos.

Além do monitoramento, devemos realizar manutenções preventivas neste aquário – que consiste na limpeza. Vidros e substratos devem ser limpos – não com produtos de limpezas tradicionais – mas com equipamentos específicos para manutenção em aquários – sifão e esponja. Esse processo de manutenção deve ser realizado ao menos uma vez por mês, garantindo a renovação de elementos e proporcionando saúde aos peixes, invertebrados e plantas.

Lembrem-se sempre de que nosso papel é criar este “mundo” para que seus habitantes possam viver em harmonia e equilíbrio.

Nesse contexto os peixes mais indicados para os iniciantes em aquarismo são da família Poecilídeos – Lebistes, Platis, Espadas, Molinésias. Também podemos misturar algumas espécies de peixes de fundo, como: peixe mocinha, limpa vidro e cascudo.
Essas espécies habitam águas levemente alcalina – ph 7.2/7.5. Apresentam comportamento social e alimentar semelhantes. Além disso, são peixes pequenos de 5/10 cm, o que resulta em aquários compactos, variando de 20/40 litros.